quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Minhas dificuldades em escrever a história de Quadra e blá-blá-blá...

Só pra dar uma quebrada na seqüência de posts que falam diretamente sobre história.

Se engana muito quem pensa que é fácil encontrar o que escrever sobre a região de Quadra.
Municípios antigos, como Tatuí, Itapetininga e Guareí têm diversos livros e historiadores que se dispuseram a escrever livros sobre seus respectivos municípios.
Você tem que ler estas obras e pescar alguma coisa ou outra que remeta diretamente ou indiretamente à região de Quadra.
A maioria do que escrevi aqui é baseado no estudo das árvores genealógicas das pessoas citadas por estes livros.
Tudo o que escrevi até agora, foi retirado diretamente do livro Repertório de Sesmarias, do Depto. de Museus e Arquivos do Estado de São Paulo, de 1944, do livro Guareí, de Sílvio Vieira de Andrade Filho, de 2004 e de xerox do livro Álbum de Tatuhy, de João Netto Caldeira, de 1934, além de inúmeras incursões ao Google, digitando nomes, lugares, entre ou fora de aspas, que me levaram a inúmeros sites dos quais peguei muitas informações e que me esqueci de anotar seus endereços, sendo que um dos poucos que me lembro é o Holtzgen, que se propõe a falar sobre a ascendência de toda a família Holtz, e que abrange árvores genealógicas vastíssimas.
Também peguei muita coisa do site que escreve linha a linha o livro Genealogia Paulistana, escrito por Luiz Gonzaga da Silva Leme, em 1903-1905, o site de Celso Prado, a Enciclopédia Sorocabana e muitos outros.
Todas estas pessoas que escreveram estes livros e formularam estes sites são historiadores que pesquisaram diretamente nas fontes do Arquivo do Estado, ou em Cartórios de Registros de Imóveis ou Notas, livros de registro de nascimento, batizados, mortes, arquivos de Igrejas e Cemitérios, e tudo o que pude pesquisar foi pela internet e esta meia dúzia de livros.
Eu sou apenas um pesquisador amador que usa um tempo vago no serviço para procurar alguma coisa, sendo que, por muitas vezes, passo meses a fio sem procurar por uma linha a mais que eu possa pesquisar.
Também foi valiosíssima a ajuda que tive do historiador José Luiz Nogueira, de Itapetininga, autor do livro Genealogia de uma Cidade – Itapetininga.
Ele sempre foi muito gentil e disposto a ajudar, o que nem sempre é comum a todos a quem procuro informações.
Achei interessantíssimo o trabalho de Júlio Manoel Domingues, que publicou todo o seu trabalho sobre a história de Porangaba em um site chamado Porangaba, sua história.
Nestes tempos modernos, faz muito sentido o que escutei no vídeo de uma palestra de um louco que falava sobre administração, que quem tem o poder é quem tem o conhecimento, e que o conhecimento só é válido se é repassado. De que vale o conhecimento se ninguém tem acesso a ele?
Desta forma, decidi escrever este blog, que é uma forma de publicar, passo a passo, tudo o que consigo reunir de informações, na medida que consigo juntar linhas que façam sentido e que eu consigo pesquisar.
Em parte, serve para amenizar a minha própria ânsia de escrever tudo o que sei, em vez de esperar juntar 20 anos de pesquisa, como foi no caso do livro que citei, do José Luiz Nogueira, para então escrever um livro.
Tenho entrevistado muitos antigos moradores de Quadra, e todos eles me perguntam quando o livro vai ficar pronto e também querem ler o resultado do que escrevi.
Sempre respondo que o livro “eu vou terminar de escrever quando eu morrer”, principalmente, se eu continuar andando a passos de tartaruga, como estou.
Às vezes você encontra algo que reformula por completo tudo o que você escreveu anteriormente, suas linhas de raciocínio, etc., e tem que reescrever tudo de novo.
É praticamente impossível dizer quando minhas pesquisas terão fim.
Os posts que escreverei de agora em diante já terão muitas informações das entrevistas que realizei com estas pessoas, e procuro ver o que se encaixa no que é dito para mim com o que eu tenho de informações escritas, que, por muitas vezes, têm se confirmado mutuamente.
Ou, às vezes, não, como livros escritos com informações erradas, por exemplo. O mais comum são erros de datas, consertados pela análise do tempo nas árvores genealógicas.
As únicas pessoas que escreveram alguma coisa sobre Quadra, ou melhor, “a Quadra”, foram Marcos Antônio dos Santos, o Marquinhos, da Câmara, que fez muito trabalho de entrevistas, e Maria Tereza Proença Quadra, viúva de Manoel Vieira Quadra, cujos papéis provavelmente se perderam.
Também são muito importantes os dados que obtive com eles, mas os dados que procurei são os que mais se referem à genealogia e ao povoamento, e não aos costumes e acontecimentos da vida do povo da Quadra.
Outra coisa: quase sempre costumo escrever “da Quadra” ou “na Quadra”, em vez de “de Quadra” ou “em Quadra”.
Escrevo assim porque fui acostumado desde sempre a falar assim.
Quando me refiro ao município onde moro, numa conversa com pessoas que conhecem o município, falo “da Quadra” ou “na Quadra”. Do contrário, uso “de Quadra” ou “em Quadra”.
Neste blog misturo muito, mas costumo usar o “de/em Quadra” normalmente quando falo de áreas do município que não estão no bairro ou antiga vila da Quadra ou quando eu falo do município inteiro.

Sobre o que que eu estava escrevendo mesmo?
Esqueci...

Bom... outro dia eu falo sobre as entrevistas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Oá Marcel, tudo bem?
Tenho interesse em tirar algumas dúvidas com alguém que conhece bem a cidade de Quadra. Gostaria que me passasse o seu mail para poder lhe fazer estas perguntas.

Atenciosamente.

Antonio Carlos Anacleto
antoniocarlosipb@hotmail.com

:: ultranol :: disse...

Opa, tudo bem? Legal sua iniciativa... por curiosidade estava navegando no Wikipedia por algumas cidades do interior de SP e passei por Quadra... e verifiquei que no Wikipedia em inglês, se você for em http://en.wikipedia.org/wiki/Quadra, aparece que Quadra pode significar várias coisas, a primeira da lista é o explorador Juan Francisco de la Bodega y Quadra, e a terceira da lista é o município de Quadra, só que diz que o nome vem desse explorador... isso está certo? Acho que não, né?

Anônimo disse...

Olá Marcel, muito interessante seus comentários, pois é o ínicio da História da Quadra .Parabéns Bete Mascarenhas

Anna Carolina Quadra Moraes disse...

Olá!
Fico feliz em saber que alguém fez um Blog para contar a história dessa cidade, pois sou neta de Manoel Vieira Quadra e amo Quadra mesmo não morando lá. E aqui foi o primeiro site que eu vejo que fala sobre meus avós. Afinal, eles foram os historiadores da cidade e ninguém nunca citou o nome deles.
Fico muito agradecida por isso!
Abraços!

Bernadete disse...

Ola Marcel:
Adorei acessar o seu blog. Quem me indicou foi o Evaldo Poli.
Havia um antigo morador de uma casa no Centro da Quadra chamado José Ayres que era farmacêutico e hj o Centro de Saúde leva o nome dele. Ele deve ser descendente de Elias Ayres, descendente de Paulino Ayres de Aguirre,grande proprietário de Sesmarias. Obrigada por citar o site Holtzgen como referência de pesquisa!! E quando precisar de quqlquer coisa pode me escrever!!
Abraço
Bernadete